No Dia dos Namorados, que será comemorado no próximo dia 12, o e-commerce brasileiro deve faturar aproximadamente, R$ 2,06 bilhões, um crescimento nominal 16% maior ante igual período de 2018, de acordo com a Ebit/Nielsen, referência em informações sobre o comércio eletrônico brasileiro.
O tíquete médio esperado é de R$ 397, uma variação negativa de 15%. O crescimento, no entanto, é impulsionado pela estimativa do número de pedidos, uma vez que os lojistas online aguardam cerca de 5,2 milhões de compras, refletindo possível crescimento de 36%.
De acordo com a diretora da Ebit/Nielsen, Ana Szasz, o Dia dos Namorados em 2018 contou com uma série de entraves, como a greve dos caminhoneiros, que desencadeou entregas atrasadas ou canceladas e muita incerteza em relação ao cumprimento das compras online.
“Esse contexto prejudicou o faturamento do setor, cujo crescimento foi de apenas 6%, e causou uma baixa na quantidade de pedidos, de 4,07 milhões para 3,81 milhões em relação ao ano anterior”, afirma. “Mas os números estimados para esse ano não só trazem otimismo para o setor, como atestam a força e o crescimento do e-commerce na intenção de compra do consumidor”.
Os dados sobre esta época também apontam que 52% dos consumidores pretendem comprar seu presente de Dia dos Namorados online, com gasto médio de R$ 365. Este público está dividido equilibradamente por gênero (mulheres com 55% e homens com 45%), e a idade média é de 38 anos.
Dentre os produtos mais mencionados como intenção de compra para presentear, estão (em ordem de procura): celular & smartphones, DVDs/Blu-Ray, tênis, perfumes, livros, vinhos, TVs, calçados, vestidos e jogos.
Para este levantamento, a Ebit|Nielsen considera a previsão de compras entre os dias 28 de maio a 11 de junho. O Dia dos Namorados é considerado a terceira data mais importante do calendário do e-commerce, perdendo apenas para o Natal (que inclui Black Friday) e o Dia das Mães.
NO VAREJO COMO UM TODO
O varejo brasileiro deve movimentar R$ 1,64 bilhão com a venda de presentes para o Dia dos Namorados deste ano, segundo estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O aumento esperado no volume vendido é de 1,9% em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação, calculou a CNC. Se confirmada a previsão, as vendas terão a terceira alta consecutiva, após as perdas registradas durante a recessão econômica (de -1,1% em 2015 e -4,9% em 2016).
O segmento de vestuário e acessórios teria uma expansão de 3,1% em relação à mesma data do ano passado, com faturamento de R$ 611,0 milhões, o equivalente a 37,4% das vendas totais esperadas para a data comemorativa.
O segmento de hipermercados e supermercados venderia R$ 553,1 milhões, alta de 1,8% em relação a 2018, enquanto o de artigos de uso pessoal e doméstico, que inclui a venda de produtos eletroeletrônicos, tem receita prevista de R$ 243,4 milhões, um aumento de 2,2% no volume vendido no ano passado.
A CNC aponta que a cesta dos 25 bens e serviços mais demandados pelos consumidores nessa época do ano está 2,7% mais cara que no mesmo período do ano passado. No entanto, ainda será possível encontrar alguns itens mais baratos, como roupas femininas (-3,0%), tênis (-2,6%), artigos de maquiagem (-2,6%) e bolsas (-2,4%).
“Na tentativa de atrair o consumidor, o varejo deverá continuar investindo em liquidações, oferecendo linhas de produtos a preços menores do que no mesmo período do ano passado, especialmente nos ramos de vestuário e cosméticos”, apontou a CNC, em nota oficial.
Por outro lado, os preços de serviços, como excursões (+16,4%), estarão significativamente mais elevados do que no mesmo período de 2018.
Fonte: Diário do Comércio – Jornal das Associações Comerciais do Estado de São Paulo